segunda-feira, 26 de abril de 2010

Significado de palavras e termos usados em Umbanda e Candomblé

GLOSSÁRIO DE UMBANDA



A

ABAÇÁ - Templo, tenda, terreiro de Umbanda.

ABACÊ (ABÁ) - Cozinheira que prepara as comidas de Santo, no culto Gegê. Cozinheira(o) que conhece e prepara as comidas dos Orixás. Cozinheira do culto.

ABADÁ - É o nome dado a uma túnica larga e de mangas compridas, usada nos terreiros pelos homens.

ABALÁ - Comida muito semelhante ao acarajé.

ABAÔ - Quer dizer um iniciando do sexo masculino, desenvolvendo-se mediunicamente no terreiro de Umbanda.

ABARÁ - Comida dos pretos africanos como seja bolo de feijão, que vem enrolando em folha de bananeira.

ABEDÊ - É o leque de Oxum, quando feito de latão.

ABÔ dos AXÉS - Água contendo ervas maceradas, não cozidas, e sangue de animas sacrificados no terreiro de Candomblé. (na Umbanda não se utiliza sangue nos rituais).

ABRIR A GIRA - Significa o início ou abertura dos trabalhos nos terreiros de Umbanda.

ABROQUE - É um manto usando somente pelas mulheres durante uma sessão.

ACAÇÁ - Comida originária da África, com aparência de bolo de angu de arroz.

ACARAJÉ - Comida de santo feita na base de feijão fradinho com pimenta malagueta e outros temperos. Comida de Iansã.

ACENDE CANDEIA - Planta muito utilizada para banhos conhecida também como Candeia-Mucerengue.

ACHOCHÔ - Nome dado à uma comida de Oxossi.

ADARRUM - É o toque feito seguidamente pelos atabaques quando da invocação dos protetores para incorporarem nos mediuns.

ADEJÁ (ADJÁ) - É uma campainha (sino) usada nas cerimônias de terreiro. Sino de alumínio ou cobre de três bocas.

AGÔ - Significa pedir licença ou permissão, em outros momentos em que este termo traduz perdão e proteção pelo que se está fazendo.

AGURÊ - Toque em ritmo muito lento para chamar Iansã.

AGODÔ (OGODÔ) - Uma qualidade de Xangô.

AGONJÚ (AGANJU) - Um dos doze nomes de Xangô conhecidos no Brasil.

AIA - Toalha branca para uso em terreiro.

AIOCÁ - Referente a Iemanjá e ao fundo do mar. Ver AIUKÁ.

AIUKÁ - Fundo do mar. Também se diz os domínios de Iemanjá (Rainha do Aiuká).

AJUCÁ - É a festa da Cabocla Jurema entre os capangueiros. Nessa festa há defumações no terreiro, bebidas e comidas, tudo com a finalidade de duplicar a proteção no terreiro e gerar mais fartura nas casas dos filhos de fé.

ALDEIA - Povoado de índios. Tratando-se de terreiros, esta palavra quer dizer a moradia dos espíritos de caboclos na Aruanda.

ALGUIDAR - Bacia de barro usada para entregas, ascender velas, deposito de banhos, entrega de comidas e defumação. Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.

AMACI (AMASSI) - Batismo na Umbanda. Líquido preparado com o suco de diversas plantas, não cozidas, e que tem muita aplicação na firmeza de cabeça dos médiuns. O principal banho para a o ritual da "lavagem de cabeça". (ritual equivalente a raspagem de cabeça no Candomblé e ao batismo na Igreja Católica).

AMACI-NI-ORY - Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns. Cerimonia da lavagem (feitura) de cabeça dos médiuns.

AMALÁ - Comida de Santo. Também se denomina a todo ritual que o umbandista ao manipular alimento deve dispensar atenção, amor e especial carinho, fazendo por completo a Homenagem ao Orixá. "Dar de comer ao Santo".

AMOLOCÔ - Comida de Oxum.

AMPARO - Chicote sagrado usado especialmente para afastar espíritos atrasados e maléficos.

ANGOMBA - É a designação para um segundo atabaque.

APARELHO - Médium. Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” da entidade do médium.

ARAUANÃ - Dança ritual africanista para quebrar demandas e trazer alegrias.

ARIAXÉ - Banho preparado com ervas e folhas. Esse banho consta mais de 21 diferentes espécies de vegetais. Preparado somente pelo próprio chefe de terreiro.

ARIMBÁ - Pote de barro para guardar o azeite-de-dendê.

ARIPÓ - Panela muito semelhante ao alguidar de barro.

ARUANDA - Céu, Paraíso, Nirvana ou Firmamento significam a mesma coisa, isto é, a moradia daquele que é Criador de todos os mundos e de todas as coisas. Plano Espiritual Elevado.

ARUÊ - Saudação a Exu (Aruê- Exu ou Laroiê Exu} - termo também usado para espíritos desencarnados.

ASSENTAMENTO DE ORIXÁ - E o lugar no pegi onde é colocada a representação de Orixá, ou do seu fetiche, ponto riscado, etc.

ASSENTO - Termo utilizado para um local preparado para um Orixá ou Exu. Santuário exclusivo.

AXÉ - Força invisível, mágica e sagrada. É a força mágica do terreiro representada pelo segredo composto de diversos objetos pertencentes as linhas e falanges. Força bendita e divina. Poder que emana dos Orixás.

AXEXÊ - Cerimônia fúnebre iorubana. Semelhança com a missa de 7º dia católica.

AXOGUM - Nome dado ao encarregado de sacrificar animas quando não é feito pelo Chefe do Terreiro. Muito comum nos cultos de candomblé nagô.

AZÊ - Capuz de palha. Ornamento da roupa de Omulú.

AZEITE-DE-DENDÊ - Óleo baiano extraído do dendezeiro, sendo muito utilizado na culinária dos Orixás.

B


BABÁ - Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados. No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes como: Babalorixá - Babaojê - Babalaô - Babalossain... Chefe feminino nos templos de umbanda (Mãe de Santo);

BABALAÔ - Guardião que possui a chave do mistério. Pai-de-Santo. Chefe de terreiro. (baba = pai - laô = completo, tudo = "um pai para tudo"). Títulos de Orixá nos candomblés.

BABALORIXÁ - Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de Candomblé; ou de Umbanda (a Umbanda também usa = Babalaô). Denominado popularmente “Pai-de-santo”. Pessoa que dirige todos os trabalhos no Terreiro (administrativo e sacerdotal). Orienta a vida espiritual dos médiuns, filhos de fé e assistência do Terreiro.

BABUGEM - Restos de comidas e bebidas que sobram no terreiro.

BACURO DE PEMBA - Filho de Santo.

BAIXAR - Termo que quer dizer incorporação das Entidades/Orixás nos médiuns. Esse termo designa que toda entidade que vem do Céu (Plano Astral Superior), ou seja, da Aruanda, baixe das alturas para a Terra.

BALANGANDÃ - Enfeites e ornamentos. Podem também ser amuletos.

BALÊ - Casa dos Espíritos mortos (desencarnados).

BAMBA - Temível, valente.

BANDA - Termo utilizado para designar a linha espiritual a qual pertence determinada Entidade. Lugar de origem de entidade.

BANHO DE DESCARREGO - Banho preparado com ervas sagradas, de acordo com o Orixá de cada indivíduo, para purificar o perispirito e afastar vibrações negativas. (Obs.: É tomado, após o banho de asseio, apenas do pescoço para baixo, só na parte da frente do corpo).

BARRACÃO - Termo usado pelos leigos para designar o local da prática ritual. Terreiro.

BASTÃO-DE-OGUM - Espécie vegetal de espada-de-São-Jorge.

BATER-CABEÇA - Reverenciar. Ritual que quer dizer cumprimentar respeitosamente e humildemente. Abaixar-se aos pés do Congá (altar) ou de uma Entidade tocando com a testa ou cabeça no chão. Representa respeito e humildade.

BATER PARA O SANTO - Tocar os atabaques com o ritmo peculiar a determinado Orixá.

BEJA - Cerveja branca.

BENTINHO - Escapulário que traz pendurado no pescoço e contém orações, rezas e figuras de santos. Patuá.

BETULÉ - Machado feito de pedra e bambu para Xangô.

BILONGO - Amuleto muito usado por caçadores para proteção

BOLAR NO SANTO - Início incompleto de transe que ocorre com os médiuns sem preparo ou iniciantes. Animismo.

BOMBO-GIRA - O mesmo que Pomba-Gira. Denominação de Pomba-Gira em Congo. Exu mulher.

BORÍ - Ato cerimonial no qual o filho de santo oferece sua cabeça ao Orixá. Cabeça.

BOTAR NA MESA - Atendimento ao consulente através de oráculo. Baixar cartas (Tarot).

BURRO - Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium. Calunga Grande - Mar - Oceano.

C

CABAÇA - Vasilha feita do fruto maduro do cabaceiro depois de retirado o miolo. Utilizado também como moringa de bebida (água) e para fazer cuias de chimarrão.

CABAIA - Assim é denominado uma túnica de mangas largas utilizada por médiuns e/ou cambones.

CABEÇA-FEITA - Médium que já passou pelo ritual do Amaci. Denominação do médium desenvolvido, já cruzado no Terreiro, com seu Orixá de Pai-de-cabeça definido.

CAIR NO SANTO - Transe mediúnico de quem ainda não está preparado para incorporar.

CALUNGA PEQUENA - Cemitério

CALUNGA GRANDE - Oceano, mar.

CAMBONO (CAMBONE) - Auxiliar de Médiuns de Incorporação e o Servidor dos Orixás. O cambone é o médium que auxilia o consulente (leigo) a entender as Entidades. Auxiliar de culto.

CAMOLETE - Lenço branco de tamanho grande colocado na cabeça dos médiuns durante alguns rituais. Pano-de-cabeça.

CAMUCITÊ - Nome dado ao altar, Congá - Pegi.

CANJIRA - Lugar onde são realizadas danças religiosas. Curimba no meio do Terreiro.

CANZUÁ (CAZUÁ de QUIMBÉ) - Designações no Candomblé para o Terreiro - casa de culto - tenda espiritual - local.

CAPANGUEIRO - Termo usado no sentido de companheiro (Umbanda). Comprador de diamantes em pequenas porções. Denominação dada ao capanga, pequeno avental com o qual os diretores ou grandes iniciados do Toré participam do ritual de cura ou culto ameríndio, comum no Nordeste brasileiro.

CARICÓ - Templo, Terreiro.

CARREGADO - Pessoa que está com vibrações espirituais maléficas causadoras de sintomas como mal-estar, medo sem causa, etc.

CARURUTO - Charuto.

CATERETÊ - Designação de um ritual espírita do Estado do Maranhão

CATULÁ - Anular um trabalho de magia negra.

CAVALO - Médium dos Guias de Umbanda. Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades.

CENTRO - terreiro, tenda de Umbanda, cazuá.

CHEFE DE CABEÇA - É um dos nomes como é designado o Guia-Chefe do médium de terreiro que tenha sido desenvolvido e cruzado no mesmo. Pai de cabeça.

COISA FEITA - Quer dizer trabalho feito para levar o mal a alguém, despacho maléfico, feitiço, bruxaria.

COITÉ (COETÊ) - Fruto do coitezeiro - seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia). Alguns usam coco, outros cabaça.

CONGÁ (Gongá ou Congar) - A palavra gongá é de origem banto, é utilizada no ritual de Umbanda para denominar o "altar sagrado" do Terreiro. Este altar é composto de imagens de santos católicos, caboclos, pretos-velhos e outras.

COMPADRE - Designação para Exu.

CORPO FECHADO - Nenhum espírito maléfico pode incorporar no médium, ou nenhum espírito pode trazer o mal a pessoa que tem o corpo fechado.

CORREDOR DE GIRAS - Freqüentador que passa por vários terreiros, sem ter firmado compromisso espiritual com nenhum deles.

CREDO-EM-CRUZ - Creio na cruz. Interjeição que traduz espanto, admiração ou repulsa.

CURIAR - Comer ou beber.

CURIAU - Comida de Santo, despacho.

CURIMAR - Cantar. Entoar pontos cantados.

CURIMBA - Dança do Orixá ou Entidade no meio do Terreiro. Conjunto de instrumentos musicais do terreiro. Os instrumentos que compõe a curimba: atabaques, tambor, agogôs, chocalhos, berimbau, violões, etc. Curimba é a orquestra de um terreiro.

CURIMBAR - Dançar cantando.

CURUMIM - Do tupi Kurumí - menino.

D


DAR FIRMEZA AO TERREIRO - Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.

DAR PASSAGEM - Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

DAR PASSES - Axé da entidade transmitido através do médium incorporado. Emitir vibrações que anulem as más influências e mazelas sofridas pelos consulentes através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. Abrir os caminhos do consulente através do Axé do Orixá.

DECÁ - Bracelete ritual que o filho-de-santo recebe após sete anos de sua primeira saída da camarinha no Candomblé.

DEMANDA - Desentendimento.

DANDÁ - Vegetal, espécie de capim, que exsuda um odor, muito usado em trabalhos, como banho e defumações em ritual de Umbanda.

DANDALUNDA - Outro nome dado a Janaína, Iemanjá, ou Mãe Dandá.

DAR COMIDA AO SANTO - Entrega, agrado, oferecimento de alimentos aos Orixás com o objetivo de receber Axé em troca. (Ver Amalá).

DESCARGA - Ação para afastar do corpo de alguém, ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de: banhos, passes, defumação, queima ou pólvora e etc.

DESCARREGAR - Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.

DESCARREGO - O mesmo que descarregar. Despachar restos de vela, pontas de charuto e demais sobras do trabalho da entidade em local adequado.

DESCER (DESCIDA) - Ato de orixá ou entidade incorporar. Quando as Entidades Espirituais vão incorporar no médium.

DESENCARNAR - Ato do espírito da pessoa deixar o corpo – morrer.

DESENVOLVIMENTO - Treino do iniciado nos trabalhos espirituais visando seu aperfeiçoamento mediúnico e pessoal. Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.

DESMACHE - Espécie de muleta usada em alguns terreiros como instrumento de Xangô

DESMANCHAR TRABALHOS - É tornar livre uma pessoa dos efeitos de trabalho de enfeitiçamento, como também beneficiar alguém que tenha sido vítima de magia negra.

DESPACHAR - Entregar ao Orixá o que é do Orixá. Despachar também é um termo usado para tudo que é sagrado, seja comida de santo, seja qualquer objeto sacro seja entregue num local adequado a cada Orixá.

DESPACHO - Trabalho entregue para anular um feitiço, desmanchar trabalhos de magia negra.

DIA DE OBRIGAÇÃO - É o dia de sessão quando os médiuns e os consulentes observam certos atos do ritual umbandista e cumprem tudo quanto lhes é determinado pelos Guias.

DILONGA - Prato que representa uma das ferramentas, ou melhor, um dos utensílios de Ogum.

DOBALÊ - É assim chamada a saudação dos médiuns que possuem guias femininos.

DOLOGUM (DILOGUM) - Guia com 16 fios.

E

EBAME (EBAMI) - Filha de Santo com mais de 7 anos.

EBI - Serpente que é representada por um ferro retorcido, fazendo parte da ferramenta de Xangô, colocada junto com o machado.

EBIANGÔ - Planta muito usada pelos negros em amuletos e que é tida como portadora de virtudes mágicas, como por exemplo, afastar espíritos maléficos.

EBIRI - Símbolo de Oxumaré.

EBÔ - Despacho. Presente para Exu. Oferta que se oferece em encruzilhadas ou em qualquer outro local.

EBÓ - Líquido com vários vegetais não fermentados, sendo preparado para diversos casos: Banhos, banhos para a cabeça, limpeza de ambiente, etc.. Cada ebó tem um preparo diferente para cada situação diferente. Antes de ser usado, é benzido por um Guia.

EBOMIM - Designação do médium feminino quando conta mais de 7 anos desenvolvimento.

EGUNGUN - Materialização de encarnados. Aparição. Evocação de Ancestrais e Espíritos Protetores.

EGUN - Nome genérico dos espíritos dos mortos (desencarnados).

EGUNS - Espíritos desencarnados. Almas.

EJILÉ - Pomba que é destinada ao sacrifício com a finalidade de ser empregada em algum trabalho.

EKEDI (EQUÉDE) - São as auxiliares femininas das Mães-Pequenas. Ekedis não incorporam, mas tem autoridade sobre as Entidades como uma Mãe Pequena.

ELEDÁ - Anjo da Guarda.

ELEGBÁ - Espírito Maléfico. Entidade que trabalha somente com Magia Negra.

ENCANTADO - Ser que não morreu, foi arrebatada.

ENCOSTO - Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.

ENCRUZA - É o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc. Habitat de Exu.

ENCRUZAR (CRUZAR) - Ritual umbandista no início de um período ou sessão, consistindo em fazer uma cruz com a pemba na nuca, na palma da mão, na testa do médium e na sola do pé. Isso fecharia o corpo do médium e protegeria, fortificaria sua mediunidade e ajuda também a estabelecer uma ligação mais firme com os Guias Espirituais. No encruzamento dos médiuns é entonado um canto próprio para a ocasião

ENDÁ - Diz-se a coroa imaterial que acompanha o médium em desenvolvimento após a iniciação. Sinônimo de aura. Também é como os antigos chamavam os Babalorixás de Umbanda quando visitavam um outro terreiro e os ogãs puxavam a cantiga: "Saravá o Endá, Saravá Oxalá a coroa do Babá"

ENFORCADO - Ver espírito obsessor. Quiumba.

ENGIRA - O mesmo que gira – trabalho – sessão.

ENGOMA - Conjunto de instrumentos musicais usados no Terreiro. Atabaques.

ENTIDADES - Seres espirituais na Umbanda.

ERÊ - Espírito infantil. Criança.

ERÓ - Segredos e ensinamentos revelados aos médiuns e iniciados no terreiro em seu desenvolvimento.

ERUEXIM - Rabo de cavalo, espécie de espanador usado por Iansã

ESPIRITISMO DE LINHA - Designação dada a Umbanda e as sessões no terreiro.

ESPIRITISMO DE MESA - Sessão espírita Kardecista. Designação dada a Umbanda nas sessões de cura por médicos incorporados.

ESPÍRITO DE LUZ - Espírito com alto grau de evolução, superior e puro.

ESPÍRITOS OBSESSORES - Espíritos com muito pouco ou mesmo nenhum desenvolvimento, são entidades que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes e prejudicando-as em todos os sentidos.

EXÊS - Partes dos animais sacrificados para serem oferecidos aos Orixás.

F

FALANGE - O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha). Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior. Falange em Umbanda significa a subdivisão de Linhas onde cada falange é composta de um número incalculável de espíritos orientados por um Guia chefe da mesma.

FALANGEIRO - Espírito pertencente a uma determinada Falange.

FAZER MESA - Abrir a sessão, abrir a gira.

FAZER OSSÊ - Cerimonia semanal, no Candomblé, que consiste no oferecimento de alimento e/ou bebida preferida dos Orixás.

FECHAR A GIRA - Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória. Encerrar os trabalhos no terreiro.

FECHAR A TRONQUEIRA - Ato de defumar e cruzar o terreiro - os quatro cantos do terreiro - evitando que espíritos perturbadores ou zombeteiros atrapalhem o culto.

FEITO - É o médium masculino desenvolvido dentro do terreiro.

FEITO DE SANTO - Iniciação do desenvolvimento de um médium.

FEITA(O) NO SANTO - Médium que teve o cerimonial de firmeza de cabeça por haver completado seu desenvolvimento mediúnico.

FILHO(A) DE FÉ - Designação do médium iniciante ou não. Denominação para adeptos da Umbanda.

FILHO OU FILHA DE SANTO - Médium que se submeteu a doutrina e todo ritual.

FIRMA - Peça central da guia utilizada pelos iniciados pendurada no pescoço durante as sessões, é colocada no ponto no qual a guia de proteção é amarrada/fechada.

FIRMAR - Concentrar-se para a incorporação.

FIRMAR ANJO DA GUARDA - Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.

FIRMAR PORTEIRA - Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada. É a segurança para os trabalhos da sessão que será realizada.

FIRMAR PONTO - Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual. O Ponto Firmado pode ser apenas cantado como também riscado ou a combinação de ambos. Significa também quando o Guia dá seu ponto cantado e/ou riscado, como prova de identidade.

FIRMEZA - O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.

FORÇA ESPIRITUAL - Poderes e conhecimento que um médium tem quando em transe e quando as entidades que o protege têm. Grande poder, são fortes e importante no mundo astral.

FUNDAMENTOS - Leis de Umbanda, suas crenças.

FUNDANGA - Pólvora.

G

GANGA - A palavra Ganga, na realidade "Nganga" palavra de origem Kimbundo significa mágico, feiticeiro ou vidente. Para os Angola-congolenses seria a denominação do chefe supremo, seria o mesmo que Tata ou o Grande Alufá. O nome Ganga denomina os chefes dos antigos terreiros cabindas.

GANZÁ - Instrumento musical.

GARRAFADA - Bebida preparada com a maceração de ervas em aguardente ou água.

GIRA - Sessão espírita com cânticos e danças para cultuar as entidades e Orixás. Corrente espiritual. Caminho.

CONGÁ (GONGÁ ou CONGAR) - Altar no qual os Santos católicos são sincretizados com os Orixás africanos. Altar principal de um Terreiro de Umbanda.

GUIA - Colar ritualístico especial para cada entidade, feito com miçangas de cristal e/ou de porcelana, da cor especial do Orixá ou Entidade Espiritual que representa e identifica.. GUIA Pode também significar o próprio Orixá, ou uma entidade espiritual, espírito superior. Alguns são os guias protetores do templo, outros do médium. Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do terreiro.

GUIA DE CABEÇA (GUIA DE FRENTE)- Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor. Pai de cabeça.

H

HALO - Luminosidade que envolve um espírito de grande elevação. Aura. Auréola circular presente na cabeça de imagens de Santos e Anjos.

HOMEM DAS ENCRUZILHADAS (HOMEM DA RUA) - Exú.

HUMAITÁ - Do tupi-guarani: Hu = negro, ma = agora, itá = pedra – “a pedra agora é negra”. Relativo a Ogum, sua morada/reino.

HUMULUCU - Comida Africana feita de feijão fradinho, azeite-de-dendê e diversos temperos. Também conhecida como Omolocum.

I

IJEXÁ - Ritual africano. Os adeptos do Ijexá temem os mortos (eguns) e apressam-se em expulsá-los dos terreiros.

INCORPORAR - Entrar em transe, “receber” a entidade.

IORUBÁS (YORUBÁS) - Negros africanos que falam a linguagem Nagô.

IR PARA A RODA - Uma frase que traduz o desenvolvimento da mediunidade na corrente.

ITÁ DE XANGÔ - Pedra caída junto com o raio. Pedra de Xangô.

J

JABONAN - Assim chamada a auxiliar da Babá.

JACULATÓRIA - Oração curta. Reza resumida e fervorosa.

JACUTÁ - Denominação de altar. Casa do santo. No Candomblé é um título dado a Xangô que significa "lutar com as pedras". Esse nome também se refere ao 5º dia da semana Yorubá, no qual Xangô é cultuado.

JESUS - Oxalá.

JIBONAN - Designação do fiscal de trabalhos do terreiro.

JUNTÓ (AJUNTÓ) - Conjunto de forças dos Orixás.

JUREMA - Uma das caboclas de Oxossi, chefe de falange. Local onde todos os caboclos ficam espiritualmente. A Jurema é a cidade, o lugar, do mundo espiritual conhecido por Juremá.

JUREMÁ - Na Umbanda os Caboclos vem de Aruanda, no Catimbó eles vem do Juremá. O Juremá como no nosso mundo real, é composto de aldeias, cidades e estados ou reinados. Nestes estados e cidades moram os encantados, mestres e caboclos.

K

KANZUÁ (CANZOÁ ou CANZUÁ) - Vem do Kimbundo e significa literalmente cabana (cabaninha). No Brasil quer dizer Terreiro, salão, onde são realizadas as cerimônias, rituais afro-brasileiros, esta denominação é geralmente utilizada em terreiros bantos.


KAÔ - Saudação de Xangô. Salve! Viva!

KARDECISMO - Um dos pontos básicos em que se fundamentam todas as teorias espiritualistas. Decodificação do Espiritismo por Alan Kardec, de onde se origina o nome Kardecismo.

KARMA (CARMA) - Do sânscrito कर्म, transl. Karmam, e em pali, Kamma, "ação". É um termo milenar de uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista, adotado posteriormente também pela Teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age. A palavra expressa um conjunto de ações dos homens e suas consequências. É a conseqüência de vidas passadas, as quais dirigem a presente e organizam as futuras encarnações.

KAURIS - Búzios, utilizados no jogo do delogum. Outrora também serviram de dinheiro na Africa.

KIBANDA ou KIMBANDA - Ver Quimbanda.

KIUMBA (QUIUMBA) - Espírito maléfico e obsessor. Espírito atrasado e sem nenhuma luz. Zombeteiro. Encosto.

L

LAÇAR O COBRERO - É assim chamada a oração que se escreve com tinta em volta do "cobrero" para fins curativos.

LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA - Além do capim e da miçanga, assim também são conhecidas as contas de semente dessa planta para confecção de terços, guias e outros objetos. Bastante comuns nas guias de Pretos e Pretas velhos.

LANCATÉ DE VOVÔ - É o mesmo nome por que é conhecida a igreja Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador - Bahia.

LAVAGEM DE CABEÇA - A lavagem de cabeça é feita derramando-se o Amaci (banho preparado especialmente para essa cerimônia) sobre a cabeça do médium, enquanto se entoa um ponto de caboclo. A confirmação do Guia de Cabeça verifica-se após a lavagem de cabeça, quando o Guia incorpora e risca seu ponto em frente ao Congá.

LEGIÃO - Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange. Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos elementares (exus) em evolução.

LEI DE UMBANDA - A crença da Umbanda e seus rituais.

LINHA - Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Um Orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa. Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.; de cada Orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex. linha de Umbanda, linha branca, etc. União das falanges, sendo que cada um tem seu chefe.

LINHA BRANCA - Linha de Guias que não cruzam com a linha da esquerda.

LINHA CRUZADA - Ritual com influência de duas ou mais procedências. É quando se unem duas ou mais linhas com o fim de tornar mais forte um trabalho no terreiro. Normalmente esse cruzamento se dá com um guia da direita com um da esquerda.

LINHA DAS ALMAS - Corrente vibratória que congrega espíritos evoluídos.

LINHA DE CURA - Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto.

LINHA DO ORIENTE - Congrega espíritos que viveram em povos do Oriente.

LÓ - Em Yorubá significa partir. Neste caso partir tem o sentido de desincorporar, ir para o além, se referindo mesmo a "cantar pra subir", o ato de o Orixá ou Entidade subirem.

M

MACAIA - Folhas sagradas. Local das matas onde se reúnem os terreiros.

MACAIO - Coisa ruim e sem nenhum valor.

MACUMBA - Termo antigo que se denominava aos cultos dos escravos nas senzalas. Candomblé, depois esse termo passou a ser vulgar e passou a nomear rituais de magia como o feitiço ou culto de feiticeiros. Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. Nome (pejorativo) com que os leigos denominam “despacho” de rua e os rituais de Umbanda, Quimbanda e demais cultos afro-brasileiros.

MACUMBADO - enfeitiçado

MADRINHA - O mesmo que Mãe de Santo, Babá.

MÃE D´ÁGUA - Iemanjá.

MÃE de SANTO - Médium feminino chefe ou dirigente de terreiro, Madrinha, Babá.

MÃE PEQUENA - Médium feminina desenvolvida e que substitui a Mãe de Santo. Auxiliar das iniciadas (iaôs) durante o seu desenvolvimento mediúnico.

MALEME (MALEIME ou MALEMBE) - Pedido de socorro, de clemencia, de auxílio ou ajuda, de misericórdia. Podem vir em forma de canticos ou preces pedindo perdão. Pedido de perdão.

MANDINGA - Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.

MANIFESTAÇÃO - Quando o corpo do médium é tomado por um Guia. Conhecido também como transe mediúnico, incorporação.

MARACÁ - Do tupi mbaraká - chocalho usado em solenidades.

MARAFA (MARAFO) - Aguardente, cachaça. Bebida de Exú.

MATÉRIA - Corpo, parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.

MAU OLHADO - Quebranto, feitiço. Doença ou mal estar causado por um olhar mau, invejado.

MÉDIUM - Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual. Termo do Espiritismo, adotado pela Umbanda.

MESA BRANCA - Trabalhos no terreiro quando há incorporação apenas de médicos e enfermeiras.

MEISINHA - Despacho, mandinga, trabalho.

MIRONGA - Feitiço, segredo, feitiço feito pelos Espíritos Nagôs. Mistério.

MISTIFICAÇÃO - É o mais importante dos casos do falso espiritismo, pois constitui um recurso muito empregado por falsos médiuns, ou pessoas de má fé, com a vã finalidade de auferirem vantagens pecuniárias e aumentarem sua fama e sua vaidade.

MUCAMBA - O mesmo que cambone.

MUZAMBÊ - Forte, vigoroso.

N

NAGÔ - Nome dado aos escravos originários do Sudão, na África. Considera-se Nagô como a religião do antigo reino de Yorubá.

NIFÉ - Fé, crença na língua Yorubá.

NOMINA - Oração que é guardada num saquinho e pendurada no pescoço como amuleto para proteção. Patuá.

NURIMBA - Bondade, amor e caridade.

O

OBASSABÁ - O mesmo que abençoar, benzer.

OBASSALÉA - O mesmo que obassabá.

OBATALÁ - Céu. Abóbada celeste. Deus

OBÍ - Fruto de uma palmeira africana (Cola acuminata, Schott. & Endl. – STER-CULIACEAE) aclimatada no Brasil. Usada no Candomblé e na Umbanda, onde serve de oferenda para os Orixás e é usado nas práticas divinatórias, cortado em pedaços.

OBRIGAÇÕES - Festas em homenagem aos Guias ou Orixás. São também as determinações feitas aos médiuns ou consulentes pelos Guias com o objetivo de auxilio ou como parte de um ritual do desenvolvimento mediúnico.

OBSEDIAR - Perseguir. Ação pela qual os espíritos perturbados que prejudicam as pessoas levando a situações econômicas difíceis, loucura, etc.

OBSSESSOR - Espírito perturbador ou zombeteiro (quiumba) que prejudica as pessoas.

ODÉ - Oxossi. Oxossi mais velho.

ODÔ, IÁ - Saudação de Iemanjá

OFÃ - Médium responsável pela colheita e seleção das ervas nos rituais.

OGÃ - Auxiliar nas sessões do terreiro. Ogã pode ser um protetor de Terreiro ou como um Chefe das Curimbas. Ambos tem o mesmo grau hierárquico. Na Umbanda, os Ogãs são naturalmente e normalmente os tocadores de atabaques.

OIÁ - Outro nome conhecido por Iansã

OKÊ - Saudação aos Caboclos. Diz-se assim : Okê Caboclo! Okê Oxossi.

OLHO-DE-BOI - Semente de Tucumã, gozando de propriedades protetoras contra cargas negativas como feitiços, mau-olhado, inveja. Tem muitas utilidades no terreiro, desde patuás até guia (colar).

OLHO GRANDE - Mau Olhado, inveja, malefício, quebranto.

OLORUM - Deus Supremo. Entidade suprema, força maior, que está acima de todos os Orixás (Zambi).

OMOLOCÔ - Culto de origem angolense.

OPELÊ DE IFÁ - Rosário deito de pequenos búzios e que é utilizado para ler o futuro.

ORAÇÃO FORTE - Patuá que consiste em uma oração escrita em pequeno pedaço de papel, que a pessoa preserva em seu poder, quer guardado no bolso, ou dentro de um pano em forma de saquinho pendurado no pescoço a fim de proteger-se ou livrá-la de todos os males.

ORI - Cabeça.

ORIXÁ - Divindades africanas que representam as forças do Universo Infinito. Espírito puro. Santo.

ORIXÁ DE CABEÇA - Orixá principal do médium.

ORIXÁ DE FRENTE - O mesmo que orixá de cabeça.

OTÁ - pedra ritual, elemento e objeto sagrado e secreto do culto.

P


PADÊ - Despacho para Exú no início das sessões ou festas, constando alimentos, bebidas, velas, flores e outras oferendas, a fim de que os mesmos afastem as perturbações nas cerimonias.

PADRINHO - pai-de-santo, Chefe de Terreiro.

PAI-DE-SANTO - Zelador do Santo, Chefe de Gira, Chefe de Mesa, Chefe do Terreiro. Médium e conhecedor perfeito de todos os detalhes para o bom andamento de uma sessão.

PALINÓ - Cântico ou poema em louvor a Iemanjá

PÃO BENTO - Pão ázimo ou qualquer outro tipo de pão, ao qual se dota de forças mágicas. É utilizado em inúmeros trabalhos para diversas finalidades. Há trabalhos com pão e vela benta para se localizar num rio ou no mar o corpo de uma pessoa afogada, por exemplo.

PARAMENTO(s) - Roupas e objetos utilizados em cerimônias do ritual religioso.

PATUÁ - PA = erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças). Amuleto que é colocado num saquitel (pedaço de pano costurado em forma de saquinho) e é pendurado no pescoço, ou se prende na roupa de uso.

PAXORÔ - Instrumento simbólico de Oxalá usado pelos pais-de-santo em trabalhos.

PEDRA-DE-RAIO - Meteorito, Fetiche de Xangô , itá.

PEJI - altar, congar.

PEMBA - Espécie de giz em forma cônico-arredondada, em diversas cores, como sejam : branco, vermelho, amarelo, rosa, roxo, azul, marrom, verde e preto, servindo para riscar pontos e outras determinações ordenadas pelos Guias, sendo que conforme a cor trabalhada com pemba, pode se identificar a Linha a que pertence a Entidade, ou a Linha que trabalhará naquele ponto. Pedra de giz usada para traçar desenhos mágico-religiosos e de caráter invocatório, frequentemente empregados nos ritos de Umbanda.

PERNA DE CALÇA - Significa homem na linguagem de Exu e Pretos-velhos.

PIPOCA - comida de Omulu/Obaluaê. Grão de milho arrebentado na areia quente para ser utilizado em descarrego. Descarrego de Pipoca.

PIRIGUAIA - Variedade de búzio.

PITO - Cachimbo ou cigarro de palha usado pelos Pretos-velhos.

PONTEIRO - Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.

PONTOS CANTADOS (MANTRAS DE UMBANDA) - Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade. É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las. Quando chegam e despedi-las quando devem partir. Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias. Os pontos cantados na Umbanda são preces e a invocação das falanges e Linhas, chamando-as ao convívio das reuniões e no auxilio dos que buscam caridade. Assim, como toda a religião tem seus canticos, a Umbanda usa seus pontos cantados, dos quais, não se deve abusar. Esses hinos representam e atraem forças das Falanges, para trabalhos de descarrego e desenvolvimento mediúnico. Pontos cantados não devem ser deturpados, ou modificados, para que sua força não se altere, uma vez alterado o efeito não será o mesmo, podendo até ser prejudicial.

PONTOS RISCADOS - Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade. São identificação dos Guias. Cada Guia e cada Orixá tem seu ponto riscado. Os pontos são riscados com pemba. Mas o ponto não se resume apenas a identificação de um guia, linha, falange ou Orixá; ele pode fechar o corpo de um médium, pois a escrita sagrada se utiliza de magia para que qualquer espírito perturbado não se aproxime.

PORTEIRA - Entrada do Terreiro / Templo.

POVO DA ENCRUZA (POVO DE RUA) - Exús.

PRECEITO - Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.

PUXAR O PONTO - Iniciar um cântico. É geralmente feito por um Ogã.

Q

QUARÔ - Flor chamada Resedá possuidora de notáveis virtudes mágicas e grandemente empregada em banhos e defumações.

QUEBRANTO - Mau olhado, feitiço, coisa feita. Normalmente atinge mais crianças pagãs, mas pode atingir também crianças batizadas e adultos. O quebranto é cortado com benzimento.

QUEBRAR DEMANDA (QUEBRAR AS FORÇAS) - É anular, desmanchar o efeito de um trabalho para prejudicar ou perturbar uma pessoa.

QUEBRAR PRECEITO - Desrespeitar as regras e hábitos estabelecidos no ritual do desenvolvimento ou dos trabalhos.

QUIMBANDA - Linha de esquerda que com a Umbanda forma o equilíbrio. Linha espiritual na qual trabalham os Exus e Pomba-giras. clique e saiba mais.

QUIUMBA - Espírito atrasadíssimo, obsessor e pertubador. Zombeteiro. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”.

QUIZILA (QUEZILA ou QUEZíLIA) - Tabu, implicância, interdição, indisposição em relação a algo ou alguém, conjunto de proibições. Aversão, antipatia, repugnância, alergia a alguma coisa.

R

RAÚRA - Cambone. Auxiliar nos trabalhos do Terreiro.

RECEBER O SANTO - Incorporar. Entrar em estado de transe com o Guia ou Orixá

REDENTOR - Jesus Cristo

REINOS - Uma das divisões dos mundos espirituais. Domínios dos Orixás. Alguns exemplos : Juremá, Pedreiras, Fundo do Mar, Humaitá, etc

RESPONSO - Oração em latim para determinado santo para se conseguir uma graça.

RISCAR PONTO - Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

ROÇA - Terreiro, centro.

RONKÓ - Quarto onde estão os assentamentos dos Orixás.

S

SACUDIMENTO - Ato de realizar limpeza, lavagem e varredura do terreiro e/ou seus filhos. Descarrego.

SAÍDA de YAÔ - Cerimônia de iniciação do filho-de-santo no Candomblé ou no culto Omolokô.

SAL (GROSSO) - Empregado sob diversas modalidades nos Terreiros, principalmente como elemento em banho fixador de determinada energia. Também empregado como elemento para descarrego do local quando colocado com um copo de água atrás da porta, absorvendo assim as energias que por ali passam. É erroneamente empregado como banho de descarrego, para tal deve-se utilizar apenas as ervas do Pai-de-cabeça do usuário deste.

SALUBÁ (SALUBÃ) - Saudação de Nanã

SAMBORE - Também vem do Cabula e do Omolokô, samba = pular com alegria, ou seja, momento de grande energia onde as sambas do Cabula e do Omolokô pulavam com alegria. "Sambore, pemba de angola" - quando risca o ponto, canta o ponto para a firmeza dos trabalhos.

SANTERIA - Nome da religião de origem caribenha irmã do Candomblé. Também conhecida por: Regla de Ocha, La Regla Lucumi ou simplesmente Lukumi.

SARABUMBA - Salve, o mesmo que Aruê.

SARAVÁ - Saudação umbandista que corresponde a Salve! Viva!

SEREIA DO MAR - Janaína, princesa d´água. Pode representar também como Yemanjá dentro de um contexto.

SINCRETISMO - Fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretarão de seus elementos. Fenômeno de identificação/coligação dos Orixás com os Santos Católicos.

T

TRONQUEIRA - Local destinado para ser feita a segurança primeira do terreiro, localiza-se de frente para a rua, do lado esquerdo de quem entra.

TUIA - O mesmo que Fundango, Pólvora.

TUMBA - É uma palavra congo-angolesa [Kimbundu] que significa parente ou pessoa íntima. Dic.: sepultura, campa, jazigo, sepulcro.

U

UMBANDA (AUMBANDAN) - Manifestação do Espírito para a caridade. Religião brasileira fundada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas em 1908. Definição no dicionário Michaelis: "sf. (quimbundo umbanda) 1 Folc. Primeiramente designava o chefe das macumbas cariocas, mas passou a designar a própria cerimônia. É culto religioso e mágico e atualmente até sincretizado com o catolicismo romano e o espiritismo. 2 Magia branca praticada com finalidade construtiva, cura, orientação moral dos transviados etc. 3 Cerimônia religiosa. 4 O mesmo que quimbanda". 5 Outra definição interessante encontra-se na origem da palavra Umbanda no alfabeto Adâmico; no qual: Aum = "Divindade Suprema" + Ban = "conjunto ou sistema" + Dan = "regra ou lei", formando: "CONJUNTO DAS LEIS DIVINAS".

UMBANDISTA - Praticante, crente, seguidor da Umbanda.

UMBRAL - Estado ou local por onde passam a maioria dos humanos após a morte, lá os desencarnados experimentam sofrimentos "físicos" e morais, como a sensação da necrose do corpo e a vergonha de se ver incapaz de ocultar suas fraquezas e desejos mais íntimos dos olhares curiosos e/ou inquisidores de outros espíritos. Região interdimensional destinada ao esgotamento dos resíduos mentais no processo em que a alma abandona o corpo após sua morte. O Purgatório.



V

VIRAR NO SANTO - Entrar em transe. Incorporar.

VODUN (VOODOO, VODU ou VUDU) - Também conhecido por "Sèvis Gine" ou "Serviço Africano", é uma religião originada na África Ocidental que se tornou conhecida no Novo Mundo através dos escravos vindos da Africa. O Vodun da África Ocidental é a forma original da religião que se desdobrou no Vodou Haitiano, Voodoo da Louisiana e Candomblé Jejê no Brasil. Na Quimbanda é conhecida e trabalhada pelos Exús, principalmente os Caveiras.



X

XANGÔ (SHANGO ou SANGO, na origem Yorubá) - Orixá da justiça. é sincretizado com São Jerônimo, São Pedro, São João Batista, cujo poder se manifesta na pedreira. Seu símbolo é o machado de duas faces; significando que o machado tanto protege seus filhos das injustiças como os pune quando as cometem, bem como a estrela de 6 pontas cujo símbolo é em si o poder equilibrador do universo.

Y

YALAORIXÁ (IALORIXÁ) - Mãe de Santo.

YAÔ (IAÔ) - Médium feminino no primeiro grau de desenvolvimento do Terreiro.

YANSÃ (YANSAN, IANSÃ ou INHAÇÃ) - Santa Bárbará. Senhora dos ventos, raios e tempestades. No Candomblé, onde também é chamada de Oyá, é representada com um alfange e uma cauda de animal nas mãos, e com um chifre de búfalo na cintura.

YEMANJÁ (IEMANJÁ) - Orixá sincretizada com Maria mãe de Jesus. Senhora da calunga grande (mar). Mãe das Águas. Nossa Senhora dos Navegantes. Nsa. Sra da Glória.

Z

ZAMBI (NZAMBI) - O Deus supremo na Umbanda. O Criador nos candomblés de Nação Angola, equivalente à Olorun do Candomblé Ketu. Zambi é o princípio e o fim de tudo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010



Oração a Santa Bárbara


Ó Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei com que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre a meu lado para que eu possa enfrentar, de fronte erguida e rosto sereno, todas as tempestades e batalhas de minha vida: (fazer o pedido) para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora e render Graças à Deus, criador do céu, da Terra, da Natureza; este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras. Amém.

Ficai sempre comigo para me dar forças. Conservai meu coração em paz. Que em todas as lutas da vida, eu saiba vencer, sem humilhar ninguém.



Santa Bárbara, rogai por nós.



Rezar 3 Pai Nosso, 3 Ave Maria e 3 Glória ao Pai.

sábado, 27 de março de 2010

IANSÃ


Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos. Senhora dos Raios e das Tempestades. Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi(mãe de Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó. Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas.




Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo.



Oyá é a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos). Na Bahia é sincretizada com Santa Bárbara.



Divindade ctoniana, Iansã tem ligações com o mundo subterrâneo, onde habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre as dezessete individuações da multifária Iansã, uma delas é como Deusa dos Cemitérios.







Além do contato com os mortos, Iansã também favorece a fecundidade, atributo inerente aos deuses ctonianos. Deusa das tempestades, contribui para a fertilidade do solo. Divindade eólica, sopram os ventos que afastam as nuvens, para a passagem dos raios desferidos por Xangô. E é o raio que abre os reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum em todas as mitologias.







Nossa amada mãe Iansã possui vinte e uma Iansãs intermediárias, que são assim distribuídas:



Sete atuam junto aos pólos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da Orixá planetária Iansã.



Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária Iansã.



Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios da Lei, ou direcionam os seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas negativas.



Enfim, são vinte e uma orixás lansãs intermediárias aplicadoras da Lei nas Sete Linhas de Umbanda.



Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe Iansã intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo seja confundida com a própria OYá, já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo da religiosidade.







Iansã do Tempo, não tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde serão esgotados. Mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário. E isto o Tempo faz muito bem!



Já Iansã Bale, do Bale, ou das Almas, é outra intermediária de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida e, como vida é geração e Omulu atua no pólo negativo da linha da Geração, então ela envia aos domínios de Tatá Omulu todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina.



Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do orixá Omulu, que rege sobre o lado de "baixo" do campo santo.







Mas também são muito conhecidas as lansãs intermediárias Sete Pedreiras, dos Raios, do Mar, das Cachoeiras e dos Ventos (Iansã pura). As outras assumem os nomes dos elementos que lhes chegam através das irradiações inclinadas dos outros orixás, quando surgem as Iansãs irradiantes e multicoloridas. Temos:



1 Iansã do Ar.

1 Iansã Cristalina.

1 Iansã Mineral.

1 Iansã Vegetal.

1 Iansã Ígnea.

1 Iansã Telúrica.

1 Iansã Aquática.







AS FILHAS DE IANSÃ



Iansã é uma Deusa ligada à manifestação do feminino na fase crescente, trazendo em si a qualidade do movimento. Une passado com o futuro, o lado sombrio da Lua com o lado iluminado, que anuncia um novo começo. Iansã está ligada com o número 9, que é o movimento puro.




As filhas de Iansã são mulheres audaciosas, poderosas, autoritárias e dinâmicas. Estão sempre procurando algo para se ocupar, são cheias de iniciativa e determinação. São mulheres que nunca passam despercebidas, pois são combativas, teimosas e temperamentais, mas também podem ser doces e meigas, quando possuem interesse em seduzir algum homem.



A mulher-Iansã é o tipo de mulher que está mais voltada para o amor sensual do que para o amor maternal. Ama os filhos, mas consegue maior expressão quando se sente admirada e desejada por um homem, o que geralmente provoca o ciúme e a inveja das outras mulheres.







É também uma mulher que está ligada ao passado, ao coletivo, pela origem comum da necessidade fertilizadora do feminino e está ligada ao futuro pela necessidade de diferenciação, que a tirará do coletivo e a jogará sempre para frente, para o novo. É inconformada e inquieta, está voltada para o impulso de empreender coisas, de realizar seu poder criativo. A atualização dessa força criadora dependerá da forma como ela direcionar esta energia, que muitas vezes pode ser desviada para outros fins, ou ser esvaziada.



O perigo é permitir que as barreiras sociais a entravem, desviando a energia criativa para a neurose.E, a neurose é parada de movimento. Todo aquele que se recusa a viver o futuro, apegando-se ao passado, estagna.



A mulher que sente impulso para criar, para dar significado ao seu mundo, precisa ser fiel aos seus conteúdos internos, à Deusa dentro de si. O ato criativo é o processo de se arriscar, de se jogar no desconhecido, de mergulho nas fontes fertilizadoras, da viagem interna em busca da essência das coisas. O desejo de criar move o contato com o informe pela necessidade de dar forma, de arrancar da terra coisas vitais para alimentar a consciência







A LENDA



Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias. De repente, um búfalo veio em sua direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, Ogum tratou de segui-lo. O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele, transformando-se numa linda mulher. Era Iansã, coberta por belos panos coloridos e braceletes de cobre.


Iansã fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que Ogum tinha visto tudo. Assim que ela se foi, Ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro. Depois foi a cidade, e passou a seguir a mulher ate que criou coragem e começou a cortejá-la. Mas como toda mulher bonita, ela recusou a corte.





Quando anoiteceu ela voltou à floresta e, para sua surpresa, não encontrou a trouxa. Tornou à cidade e encontrou Ogum, que lhe disse estar com ele o que procurava. Em troca de seu segredo ( pois ele sabia que ela não era uma mulher e sim animal ), Iansã foi obrigada a se casar com ele; apesar disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais proibi-lo de comentar o assunto com qualquer pessoa.

Chegando em casa, Ogum explicou suas outras esposas que Iansã iria morar com ele e que em hipótese alguma deveriam insultá-la. Tudo corria bem; enquanto Ogum saía para trabalhar, Iansã passava o dia procurando sua trouxa.









Desse casamento nasceram nove crianças, o que despertou ciúmes das outras esposas, que eram estéreis. Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar Ogum e ele acabou relatando o mistério que envolvia Iansã. Depois que Ogum dormiu as mulheres foram insulta-las, dizendo que ela era um animal e revelando que sua trouxa estava escondida no celeiro.



Iansã encontrou então sua pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando apenas seus filhos. Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era um lugar perigoso. Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo bater as duas pontas; com esse sinal ela iria socorrê-los imediatamente. E por esse motivo que os chifres estão presentes nos assentamentos de Iansã.



Suas cores: vermelho, branco e coral



Saudação : Eparrei!



Seu dia : Quarta-feira



Comida predileta: acarajé, milho temperado com camarão e azeite de dendê.



Animais de sacrifício: o carneiro, o pato e a galinha.



Frutas: manga rosa, uvas, pêra, maçã morango, melão laranja, banana, figo, ameixas, romã, grosselha, pêssego, pitanga, framboesa e cajá.



Onde recebe oferendas: nas cachoeiras.



Plantas: sensitiva, espada de Iansã (borda amarela), bambu, periquitinho.



Bebida: champanha.



Elemento: fogo,



O que faz: dá coragem e impulsividade; protege contra desastres e acidentes.



Festa: 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, com quem está identificada.



Pedras: rubi, coral, granada.



Perfumes: verbena, drástico vermelho, violeta, madeira, Shoking de Skiaparelli.







CANTO



Oi, Iansã, menina dos cabelos loiros

Onde é a sua morada?

É na mina de ouro



Minha Santa Bárbara

Virgem da Coroa

Pelo amor de Deus, Santa Bárbara,

Não me deixe à toa

Minha Santa Bárbara

Virgem da Coroa

A Coroa é dela Xangô

É da pedra de ouro



Iansã tem um leque de penas

Pra abanar em dia de calor

Iansã tem um leque de penas

Pra abanar em dia de calor

Iansã mora nas pedreiras

Eu quero ver meu pai Xangô

Iansã mora nas pedreiras

Eu quero ver meu pai Xangô



Santa guerreira que ao meu lado caminha

Com sua espada de ouro e sua taça na mão

És para mim toda beleza, venero sua beleza

Guardo-a em meu coração, quando ela roda

Sua saia irradia, Deusa da Ventania

É a Rainha Trovão com meu Pai Xangô

Iansã fez a morada, ela roda ua saia

No romper da madrugada

Eparrei Ioiá

Saravá Iansã, ela é Rainha, é Orixá







Texto pesquisado e desenvolvido por


ROSANE VOLPATTO

OXUMARÉ



Oxumarê

Simbolizado pela serpente. Sua tradução, quer dizer: arco íris, bem como uma versão, essencialmente masculino, e outra, como fêmea ou macho (Besèn e Frekuén). Besèn, a parte feminina de Oxumarè, que se transforma durante seis meses do ano (também evidenciado pela sua mudança de pele). Parente de Nanã e Obaluaiye, o que mostra sua relação com a terra e seus ancestrais.


É a mobilidade e a atividade. Uma de suas obrigações, em suas múltiplas funções, é a de dirigir o movimento, é o senhor de tudo que é alongado.


O cordão umbilical, que está sob o seu controle; é o símbolo da continuidade e permanência e, algumas vezes é representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda. Sua dupla natureza de macho e fêmea, é simbolizada pelas cores vermelha e azul que cercam o arco íris, ou, verde e amarelo dependendo da região.






Também representa a riqueza, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos yorubás. Seus iniciados usam brajás , longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de uma serpente, e trazer na mão um ebiri, espécie de vassoura feita com nervura das folhas de palmeira, ou Idan duas cobras em ferro forjado.






Durante suas danças, apontam alternadamente para o céu e para a terra. Através do arco íris, se torna o elemento de ligação entre o céu e a terra, fazendo a ponte aiyé-orún, transporta mensagens e oferendas.






No Dahomé, chama-se Dan, na nação Angola, como Angoro, sua saudação é Aroboboy.




Orixá cuja função principal é a de dirigir as forças que produzem movimento, ação e transformação.


Por ser bissexual, tem uma natureza dupla; é representado na mitologia daomeana por uma cobra e o arco-íris, que significam a renovação e a substituição.


Durante seis meses é masculino, representado pelo arco-íris e tem como incumbência levar as águas da cachoeira para o reino de Oxalá no Orum (céu).


Nos outros seis meses, Oxumarê assume a forma feminina, e nessa fase, seria uma cobra que vez ou outra se transforma em uma linda deusa chamada Bessém. A dualidade de Oxumarê faz com que ele carregue todos os opostos e antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo.

Como uma cobra, morde a própria cauda formando o símbolo ocidental do Orobóros, gerando um movimento circular contínuo que representaria a rotação da Terra e próprio movimento incessante dos corpos celestes no espaço. Nas lendas, aparece sempre como filho de Nanã e Oxalá.


No Brasil, seus iniciados usam o brajá, um longo colar de búzios trabalhados de maneira a parecerem as escamas de uma serpente.


Durante sua dança, o iaô aponta os dedos para cima e para baixo, alternadamente indicando os poderes do céu e da terra. Em algumas regiões é cultuado como deus da riqueza, simbolizado por uma grande cunha entre seus apetrechos de culto.


Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento das contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares em que se manuseia dinheiro.


Oxumarê era um babalaô que atendia o rei de Ifé. Porém não era um homem de fama, não tinha riquezas nem poder. Sentia-se humilhado, como humilhado vivera seu pai, conhecido pelo nome de Senhor-do-xale-colorido. Oxumarê estava triste e foi consultar um adivinho.


Ele ensinou-lhe um ritual para tornar-se rico e poderoso. Deveria oferecer uma faca de bronze e quatro pombos, bem como oferecer búzios em boa quantidade.
Oxumarê, obediente pôs-se a fazer a oferenda mas, nessa mesma hora o rei mandou chamá-lo. Oxumarê recusou-se a atender à ordem, dizendo que iria depois de terminada a cerimônia. O rei ficou enfurecido com a ousadia e deixou de pagar uma divida a Oxumarê.


Quando Oxumarê retornou à sua casa, recebeu um chamado de Olocum rainha de um país vizinho, que necessitava de sua sabedoria para a cura de seu filho. Ifá foi consultado por Oxumarê que fez as oferendas necessárias e curou o filho de Olocum.


Em gratidão ela ofereceu-lhe riquezas, cavalos, escravos e uma lindo pano azul. Retornando à casa com um inestimável tesouro, Oxumarê foi saudar o rei, que muito se admirou ao ver a opulência do Babalaô antes tão pobre. Quis saber sobre os presente recebidos.


Oxumarê contou da cura do filho de Olocum. O rei, que tinha uma rivalidade nata com quer que fosse, não queria ficar a baixo de Olocum. Então ofereceu a Oxumarê uma roupa vermelha muito preciosa e muitos e muitos outros presentes foi assim que Oxumarê tornou-se rico e respeitado.




Oxumarê e o Arco Íris




Cintilam acima do horizonte as sete cores do espectro solar: violeta, anil, azul, verde, amarelo, alaranjado, vermelho. É o arco-íris. O mesmo arco-da-velha nosso e dos portugueses, cujo nome vem da corcova das anciãs.


O arco-da-velha muda o sexo de quem passar por baixo e devora as crianças que se aproximarem muito do lugar onde ele principia.


O arco-íris é a coroa luminosa de uma das sete Iemanjás, a mais velha de todas. Serpente multicolorida, suga a água da terra para o céu, a fim de abastecer o palácio de Xangô, seu amo. Daí a cerimônia intitulada "matança de Oxunmaré", em que as filhas-de-santo vão encher suas quartinhas na fonte mais próxima do candomblé, trazendo festivamente água para Xangô. Um rito de purificação, como o da "Água de Oxalá".


Na Bahia, perto de Pirajá, existe um local conhecido como Milagre de São Bartolomeu, aonde a gente dos candomblés vai se banhar ritualmente, cada 24 de agosto. Na queda, as águas batem e se pulverizam, o arco-íris de Oxunmaré, que se incorpora imediatamente em suas filhas, assim que elas molham o corpo nas águas lustrais. Outro ritual de purificação.


O caracter sobrenatural do arco-íris não é exclusivo dos negros africanos e dos adeptos dos candomblés baianos.


Cessado o dilúvio, Jeová anunciou a Noé que o arco-íris estabelecia a aliança divina com o homem e todas as criaturas vivas (Gen. 9:12,13). Nas ilhas do Pacífico, o arco-íris é a cinta de um deus; no Oriente Próximo, o cinturão de Alá.

Também é tido como uma ponte: ponte dos deuses nórdicos, ponte das almas dos antigos escandinavos e dos índios do Novo Mundo, ponte de São Bernardo, ponte do Espírito Santo, ponte de seda dos franceses e "ponte feita de pérolas", do poeta Schiller.


Oxunmaré é um orixá andrógino, sendo sua bissexualidade representada pelas duas cores extremas do arco-íris: violeta (interna, feminina) e vermelha (externa, masculina). Seu assentamento, fora do recinto do candomblé, é feito em dois potes: um macho, com pequenos chifres (símbolos de poder) e outro fêmea. Também pode-se fazer sua morada em certas árvores, em cujas raízes são assentados seus símbolos.


Os filhos do Oxunmaré dançam com o índice apontado alternadamente para a terra e para o céu. Usam longos colares de búzios (cawries), enfiados de forma a que pareçam escamas de serpente. Ás vezes trazem na mão o obiri, vassoura feita com nervuras de folhas de palmeira. Comumente portam a serpente de ferro forjado.
Oxumarê é o Arco-Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamado carinhosamente de “o banqueiro dos Orixás”. É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro. Oxumarê está presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.


Estória


Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento das contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.


É também o Orixá da prosperidade, da fartura, da abundância. É o Orixá que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo, invocamos Oxumarê para nos orientar.Oxumarê também é a beleza das cores. É o Arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno que vai gerar o colorido dos céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.
Oxumarê é filho de Nanã , irmão gêmeo de Ewá e tendo como irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê. Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência e capacidade.


Suas cores: verde-rajado de preto ou amarelo-rajado de preto. Carrega na cabeça um capacete ornado com palha da costa e búzios ou uma rodilha em forma de cobra, no pescoço colares de miçangas e na mão uma ferramenta em forma de serpente.


As características dos Orixás e a personalidade humana


Orixá deus das chuvas e do arco-íris. As pessoas desse Orixá geralmente são pacientes e perseverantes. Não medem sacrifícios para ajudar aos necessitados e estão sempre dispostos a lutar para conseguir seus objetivos.


Orixá andrógino, cuja função principal é a de dirigir as forças que produzem


movimento, ação e transformação. Por ser bissexual, tem uma natureza dupla;


é representado na mitologia daomeana por uma cobra e o arco-íris, que


significam a renovação e a substituição.






Durante seis meses é masculino, representado pelo arco-íris e tem como


incumbência levar as águas da cachoeira para o reino de Oxalá no Orum (céu).


Nos outros seis meses, Oxumaré assume a forma feminina, e nessa fase, seria


uma cobra que vez ou outra se transforma em uma linda deusa chamada Bessém.






A dualidade de Oxumaré faz com que ele carregue todos os opostos e antônimos


básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo.






Como uma cobra, morde a própria cauda formando o símbolo ocidental do


Orobóros, gerando um movimento circular contínuo que representaria a rotação


da Terra e próprio movimento incessante dos corpos celestes no espaço. Nas


lendas, aparece sempre como filho de Nanã e Oxalá.


ARCO-ÍRIS E SERPENTE:






"AQUELE QUE SE DESLOCA COM A CHUVA E RETÉM O FOGO NOS SEUS PUNHOS"


Orixá do movimento e da riqueza.






Oxunmaré (nagôs), Dã, Dambellah, Dambellah Aedo, Aido Awedo, Dambirá ou Cobra Sagrada (jejes), Angorô (angolas) Angoroméa (congos).

DIA


Terça-feira.




SINCRETISMO


São Bartolomeu, (festa dia: 24 de agosto).


INSÍGNIA


A serpente de ferro.


INDUMENTÁRIA


Saia armada, branca, com enfeites, uma larga faixa (ojá) de cor verde, atada nas costas. Coroa multicolorida. Pulseiras e braceletes de búzios.




CONTAS:


Amarelas e verdes; ou fio de contas multicoloridas passado em água de casca de banana-figo, usado no pescoço ou no pulso.

SACRIFÍCIOS


Patos.
COMIDAS


guguru e uma mistura, no azeite-de-dendê, de feijão, milho e camarões cozidos.




SAUDAÇÃO


AOBOBOÍ! (Edison Carneiro dá: ARROBOBÔ!); alguns dão também: ARÔ BOBOI !


CORES


Verde e amarelo, preto e amarelo, multicolor; verde-rajado de preto ou amarelo-rajado de preto. Carrega na cabeça um capacete ornado com palha da costa e búzios ou uma rodilha em forma de cobra, no pescoço colares de miçangas e na mão uma ferramenta em forma de serpente.




NATUREZA


Arco-íris, céu, Sol, Terra, chuva fina.

METAIS


Ouro, prata.


PEDRAS


Topázio, esmeralda, diamante.

PERFUMES


Ophium, Amazone, Polo e Calandre
COMO USAR


Alternados, às terças-feiras até as 18 horas.
FILHOS FAMOSOS


Bach, Van Gogh, Salomão, Cleópatra.
OFERENDA


Cobra" de batata-doce amassada e banana-figo, frita em azeite doce.




ELEMENTO


Terra.


PLANTAS


dracena (pau dágua ), batata doce, cana do brejo, parietária.


ANIMAIS


serpente.

COMIDA


batata doce, omolocum, bertalha com ovos; banana


BEBIDA
água


DOMÍNIO


fertilidade


O QUE FAZ


dá sorte, fartura e fertilidade. Protege a gravidez

QUEM É


o mensageiro dos Orixás para os mortais


CARACTERÍSTICAS


astucioso, adaptável, criativo, inquieto, mutável, tortuoso, inteligente,alegre, vingativo




QUIZÍLIA


sal, água salgada




ONDE RECEBE OFERENDAS


em poços ou fontes na mata




RISCOS DE SAÚDE


pressão baixa, vertigens, problemas de nervos. Problemas alérgicos e de pele.




PRESENTES PREDILETOS


flores multicores, velas, suas comidas e bebidas preferidas


OBSERVAÇÃO




Oxumaré costuma promover grandes reviravoltas na vida de seus filhos anualmente,muitas vezes na época de seu aniversário.Tanto pode ocorrer um problema de saúde como uma mudança de emprego, de casa, o afastamento de velhos amigos e chegada de novos etc.




OXUMARÉ


por Umbanda Esotérica:


(Data festiva : 08 de dezembro)


Comemora-se em 8 de dezembro pela grande afinidade com Mãe Oxum, existindo até um mito de ser o seu desdobramento. Mas é um orixá masculino representado pelo Arco-íris.


É o "santo" do sábado, do latão, do berilo e da tangerina. Mora nas cachoeiras e nas águas correntes, principalmente após aschuvas. Usa as cores do arco-íris. Não existem filhos desse orixá e não tem sincretismo.


Oxumaré


por PORTAL GURUWEB:
Filho de Oxalá e Nanã, ele é o arco-íris que liga o céu e a terra, a


serpente que fecunda o solo e gera riquezas. Feminino e masculino ao mesmo tempo, simboliza a interação das energias. Além disso, é senhor da dualidade, do movimento, do girar incessante da vida, da perpétua renovação.


Em forma de serpente, Oxumaré morde a própria cauda e assume uma forma circular que lhe permite manter em equilíbrio os corpos celestes. No sincretismo religioso, está associado a São Bartolomeu

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

ESCLARECIMENTOS DOS EXUS AMPARADORES

Ainda agora, enquanto eu preparava o material para a 1ª aula do curso de Orientalismo e Espiritualidade (com ênfase nos ensinamentos dos Upanishads) que iniciarei daqui a pouco no IPPB para cerca de 235 pessoas, percebi uma certa manifestação energética por fora do meu apartamento.

Fechei os olhos e concentrei-me para verificar o que era. Pulsei luz no meu chacra frontal e nas mãos enquanto erguia os pensamentos e sentimentos ao Supremo Amor para sintonizar a consciência com as energias elevadas.

Fora do apartamento (moro no quinto andar), em pleno ar, surgiu uma fenda escura. Eu sabia que era uma passagem interdimensional para o plano extrafísico.


Do outro lado da mesma muito embora e não pudesse vê-los diretamente,estava um grupo de exús que trabalham nos ambientes pesados do Astral, desmanchando as porcarias que os encarnados encomendam aos seus asseclas desencarnados que patrocinam certos processos de magia trevosa.


Eles operam em climas pesadíssimos e são craques em dissolver as energias pesadas emanadas pelo ódio. Costumam trabalhar associados as egrégoras afro-brasileiras, principalmente na Umbanda. São espíritos que não costumam aparecer ostensivamente e não são dados a floreios espirituais.
Costumam ser bem diretos e falam na cara o que for preciso, sem qualquer dose de concessão ao ego de quem os escuta.


Dentro de sua maneira direta de agir, eles não suportam pessoas hipócritas e nem espiritualistas que complicam o serviço com os seus problemas corriqueiros. Também não gostam de pessoas que trabalham sem honra no caminho e apenas voltadas para a resolução de suas problemáticas infantis.


Apesar de aparentarem um jeitão meio agressivo (quem os critica não trabalha com a energias pesadas que eles tem que aturar a toda hora e nem tem metade da raça desses amigos que operam no Umbral e que tanto ajudam a humanidade sem receberem o mínimo reconhecimento), respeitam muito a que trabalha verdadeiramente voltado para a Espiritualidade Superior.

Em muitas ocasiões de minha vida fui ajudado por esses exús e outras entidades ligadas às atmosferas psíquicas afro-brasileiras.



Por diversas vezes, principalmente em projeções da consciência com resgates extrafísicos dificílimos, esse pessoal me ajudou e protegeu, sempre de forma limpa e sem me cobrar coisa alguma. Alguns desses grupos extrafísicos trabalham ligados a diversos mestres espirituais que ajudam invisivelmente a humanidade. Servem nos planos densos sob o comando secreto dos mentores que patrocinam o esclarecimento espiritual planetário.



São eles que seguram as barras pesadas nos ambientes crosta-a-crosta e nos planos extrafísicos densos (umbralinos). São eles os amparadores que descem as furnas malignas para enfrentar o mal que se esconde do olhar dos homens sem fé e sem coragem.



Sim, são eles que se revestem de coragem e partem para os combates com os agentes extrafísicos patrocinadores e exploradores das trevas humanas que se escondem aos olhos dos homens, mas que são observadas por esses exús-amparadores.



São eles que ajudam muito a proteção de diversos grupos espiritualistas e nunca são reconhecidos pelos mesmos (muitos grupos estão mais preocupados combates com os agentes extrafísicos patrocinadores e exploradores das trevas humanas que se escondem aos olhos dos homens, mas que são observadas por esses exús-amparadores. São eles que ajudam muito a proteção de diversos grupos espiritualistas e nunca são reconhecidos pelos mesmos (muitos grupos estão mais preocupados com a pureza doutrinária do que com a verdade que se apresenta e precisa ser evidenciada de forma universalista).



Nesse instante, enquanto escrevo essas linhas, sinto a presença do Pai Joaquim de Aruanda, amparador preto- velho ligado às vibrações da Umbanda e que também já me ajudou em muitas projeções. É ele que está patrocinando esse contato espiritual com os exús amigos e permitindo a manutenção das vibrações sadias que me inspiram a escrever tudo isso.



Voltando ao relato com o qual iniciei esses escritos, os exús que estavam do outro lado da fenda inter-dimensional me passaram uns toques espirituais importantes. Alguns deles são de cunho pessoal e referem-se a um processo extrafísico pesado no qual estão envolvidas algumas pessoas que estou tentando ajudar. Porém, alguns dos toques são de cunho geral e poderão ser úteis para a reflexão de outras pessoas que estudam a Espiritualidade. Aliás, esse foi o motivo que me fez correr aqui para o computador e escrever logo para não esquecer posteriormente. Vou colocar por tópicos para facilitar:



1. “Muitas pessoas que correm para os lugares espiritualistas em busca de ajuda não merecem ser ajudadas. Não fazem nada para melhorar, só querem que alguém tire o peso de seus cangotes.”



2. “O ser humano é muito falso mesmo. Vai pedir ajuda espiritual como se fosse um perseguido e injustiçado, mas nem conta dos desejos cruéis que carrega e que são a causa de sua desdita.”



3. “Os obsessores são tinhosos mesmo e perturbam muito, principalmente se a pessoa lhes dá fartura de pensamentos ruins na cachola e lhes dá a guarida de suas energias.”



4. “Algumas porradas espirituais que as pessoas levam são bem merecidas. Quem manda mexer com o que não deve? Quem enfia a mão no vespeiro quer ser ferroado. Depois não adianta reclamar!”



5. “As pessoas olham muito para os defeitos dos outros. Por isso não tem tempo de enxergarem suas próprias mazelas. Mas os obsessores adoram vê-las, ao vivo e a cores, direto dentro delas mesmas, de preferência acoplados juntos e fazendo a festa.”



6. “Quem trabalha direito e segue seu caminho com honra não precisa de proteção espiritual. A luz de seus propósitos já lhe protege e inspira. Porém, em alguma necessidade a mais, pode contar com a gente mesmo. Nem precisa pedir. Quem é raçudo no rala-rala da vida e ainda pensa no bem dos outros merece ser tratado com o devido respeito.”



7. “Tem muita gente fazendo coisa braba para os outros. Problema delas! Vão se ferrar, mais cedo ou mais tarde. Tudo o que elas mandarem na intenção de alguém irá voltar para elas mesmas lá na frente.”



8. “Quanto maior for à má intenção de alguém, maior será a chusma de espíritos perversos agarrados em suas energias.”



9. “Tem muita gente rezando para acabar com alguém ou para conquistar a força o que não merece. Ah, eles vãose ferrar!!!”



10. “A maioria das pessoas não tem vergonha na cara. Rezam pouco, pensam mal dos outros, estão cheias de medo e ainda deixam a guarda aberta por causa de seus rolos emocionais. Depois ainda ficam se perguntando o porquê de tantas coisas ruins estourando em suas vidas pequenas e apagadas.”



11. “A grana que o pessoal paga em algum lugar para fazer coisa braba para os outros poderia ser usada para ajudar os pobres. Quem faz isso merece as porradas espirituais que leva e os obsessores que arrasta em sua companhia.”



12. “O dinheiro não é capaz de comprar uma noite de sono com a consciência tranqüila. E é durante o sono que muita gente se ferra no Astral. Tem espírito brabo doido para fungar em seus cangotes e sugar suas energias. E tem gente que ainda acha que é pesadelo.”



13. “Quem é justo tem a proteção que merece. Pode sair do corpo sem susto. Está em casa e não tem o que temer. Pode voar por aí e aproveitar as horas de recreio espiritual. Os guias espirituais os orientarão e os protegerão de qualquer coisa, desde que sejam justos.”



14. “Muitos já nos chamaram de polícia do baixo astral ou de lixeiros do Astral inferior. Pela parte que nos toca, muito obrigado. Mas nós somos mesmo é ajudantes de serviços gerais no Astral. Fazemos o que é preciso e justo, sem passar dos limites que os Maiorais da Espiritualidade nos determinaram. Nenhum de nós é traíra! Somos o que somos. Somos honrados e ninguém nos compra. E ai de quem tentar nos enrolar com promessas falsas ou intenções ruins.”





P.S.: Um deles ainda me disse o seguinte: “Se você vai escrever mesmo o nosso recado, então vai fundo. Escreve tudo mesmo. Pode esperar que você será criticado por isso. Dane-se! Faz com honra e verdade e dane-se o que os hipócritas de plantão pensam. Os obsessores deles que se entendam com eles. Se você faz o seu serviço com convicção e é guiado pela Espiritualidade Superior, manda ver! O seu coração sabe o quanto de verdade que há nesse nosso papo. E tem muita gente que entenderá o recado sim. E não é aquela gente que se acha espiritualizada não (se acham muito espertos, mas dançam feio em muitas situações que só a galera do Invisível é que vê). Quem entenderá esse recado são as pessoas simples de coração e de mente. A elas o nosso respeito.”





Nota: Enquanto finalizo esses escritos, também está presente um dos amparadores do grupo de Ramatís supervisionando tudo.

 Um último esclarecimento: Como elemento interdimensional consciente e que percebe outros planos e seres espirituais, é minha tarefa passar para o plano físico muito do que vejo como forma de esclarecimento espiritual universalista. Alguns entendem isso, outros não. Não importa. Não escrevo para agradar a doutrina ou o condicionamento de ninguém mesmo. Só sei que apesar dos defeitos que tenho, os propósitos que movem meu trabalho são justos e que tento caminhar com honra na tarefa que me foi designada pela Espiritualidade. Agradeço muito ao Grande Arquiteto do Universo pela oportunidade de viver na Terra e de andar com a mente e o coração abertos a tudo aquilo que seja positivo e criativo na manifestação da vida. Na casa secreta do meu coração há espaço para todas as correntes de trabalho espiritual que fazem o bem para a humanidade. Agradeço aqui de forma explícita a todos os amparadores das egrégoras afro-brasileiras que sempre deram uma grande força e proteção na tarefa espiritual e humana em que estou envolvido. E também deixo aqui registrada toda a minha alegria de trabalhar com a Espiritualidade, minha grande riqueza de consciência e que nem a morte pode roubar-me, pois é estado de consciência íntimo e intransferível.





WAGNER BORGES