sábado, 27 de março de 2010

IANSÃ


Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos. Senhora dos Raios e das Tempestades. Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi(mãe de Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó. Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas.




Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo.



Oyá é a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos). Na Bahia é sincretizada com Santa Bárbara.



Divindade ctoniana, Iansã tem ligações com o mundo subterrâneo, onde habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre as dezessete individuações da multifária Iansã, uma delas é como Deusa dos Cemitérios.







Além do contato com os mortos, Iansã também favorece a fecundidade, atributo inerente aos deuses ctonianos. Deusa das tempestades, contribui para a fertilidade do solo. Divindade eólica, sopram os ventos que afastam as nuvens, para a passagem dos raios desferidos por Xangô. E é o raio que abre os reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum em todas as mitologias.







Nossa amada mãe Iansã possui vinte e uma Iansãs intermediárias, que são assim distribuídas:



Sete atuam junto aos pólos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da Orixá planetária Iansã.



Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária Iansã.



Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios da Lei, ou direcionam os seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas negativas.



Enfim, são vinte e uma orixás lansãs intermediárias aplicadoras da Lei nas Sete Linhas de Umbanda.



Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe Iansã intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo seja confundida com a própria OYá, já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo da religiosidade.







Iansã do Tempo, não tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde serão esgotados. Mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário. E isto o Tempo faz muito bem!



Já Iansã Bale, do Bale, ou das Almas, é outra intermediária de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida e, como vida é geração e Omulu atua no pólo negativo da linha da Geração, então ela envia aos domínios de Tatá Omulu todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina.



Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do orixá Omulu, que rege sobre o lado de "baixo" do campo santo.







Mas também são muito conhecidas as lansãs intermediárias Sete Pedreiras, dos Raios, do Mar, das Cachoeiras e dos Ventos (Iansã pura). As outras assumem os nomes dos elementos que lhes chegam através das irradiações inclinadas dos outros orixás, quando surgem as Iansãs irradiantes e multicoloridas. Temos:



1 Iansã do Ar.

1 Iansã Cristalina.

1 Iansã Mineral.

1 Iansã Vegetal.

1 Iansã Ígnea.

1 Iansã Telúrica.

1 Iansã Aquática.







AS FILHAS DE IANSÃ



Iansã é uma Deusa ligada à manifestação do feminino na fase crescente, trazendo em si a qualidade do movimento. Une passado com o futuro, o lado sombrio da Lua com o lado iluminado, que anuncia um novo começo. Iansã está ligada com o número 9, que é o movimento puro.




As filhas de Iansã são mulheres audaciosas, poderosas, autoritárias e dinâmicas. Estão sempre procurando algo para se ocupar, são cheias de iniciativa e determinação. São mulheres que nunca passam despercebidas, pois são combativas, teimosas e temperamentais, mas também podem ser doces e meigas, quando possuem interesse em seduzir algum homem.



A mulher-Iansã é o tipo de mulher que está mais voltada para o amor sensual do que para o amor maternal. Ama os filhos, mas consegue maior expressão quando se sente admirada e desejada por um homem, o que geralmente provoca o ciúme e a inveja das outras mulheres.







É também uma mulher que está ligada ao passado, ao coletivo, pela origem comum da necessidade fertilizadora do feminino e está ligada ao futuro pela necessidade de diferenciação, que a tirará do coletivo e a jogará sempre para frente, para o novo. É inconformada e inquieta, está voltada para o impulso de empreender coisas, de realizar seu poder criativo. A atualização dessa força criadora dependerá da forma como ela direcionar esta energia, que muitas vezes pode ser desviada para outros fins, ou ser esvaziada.



O perigo é permitir que as barreiras sociais a entravem, desviando a energia criativa para a neurose.E, a neurose é parada de movimento. Todo aquele que se recusa a viver o futuro, apegando-se ao passado, estagna.



A mulher que sente impulso para criar, para dar significado ao seu mundo, precisa ser fiel aos seus conteúdos internos, à Deusa dentro de si. O ato criativo é o processo de se arriscar, de se jogar no desconhecido, de mergulho nas fontes fertilizadoras, da viagem interna em busca da essência das coisas. O desejo de criar move o contato com o informe pela necessidade de dar forma, de arrancar da terra coisas vitais para alimentar a consciência







A LENDA



Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias. De repente, um búfalo veio em sua direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, Ogum tratou de segui-lo. O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele, transformando-se numa linda mulher. Era Iansã, coberta por belos panos coloridos e braceletes de cobre.


Iansã fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que Ogum tinha visto tudo. Assim que ela se foi, Ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro. Depois foi a cidade, e passou a seguir a mulher ate que criou coragem e começou a cortejá-la. Mas como toda mulher bonita, ela recusou a corte.





Quando anoiteceu ela voltou à floresta e, para sua surpresa, não encontrou a trouxa. Tornou à cidade e encontrou Ogum, que lhe disse estar com ele o que procurava. Em troca de seu segredo ( pois ele sabia que ela não era uma mulher e sim animal ), Iansã foi obrigada a se casar com ele; apesar disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais proibi-lo de comentar o assunto com qualquer pessoa.

Chegando em casa, Ogum explicou suas outras esposas que Iansã iria morar com ele e que em hipótese alguma deveriam insultá-la. Tudo corria bem; enquanto Ogum saía para trabalhar, Iansã passava o dia procurando sua trouxa.









Desse casamento nasceram nove crianças, o que despertou ciúmes das outras esposas, que eram estéreis. Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar Ogum e ele acabou relatando o mistério que envolvia Iansã. Depois que Ogum dormiu as mulheres foram insulta-las, dizendo que ela era um animal e revelando que sua trouxa estava escondida no celeiro.



Iansã encontrou então sua pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando apenas seus filhos. Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era um lugar perigoso. Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo bater as duas pontas; com esse sinal ela iria socorrê-los imediatamente. E por esse motivo que os chifres estão presentes nos assentamentos de Iansã.



Suas cores: vermelho, branco e coral



Saudação : Eparrei!



Seu dia : Quarta-feira



Comida predileta: acarajé, milho temperado com camarão e azeite de dendê.



Animais de sacrifício: o carneiro, o pato e a galinha.



Frutas: manga rosa, uvas, pêra, maçã morango, melão laranja, banana, figo, ameixas, romã, grosselha, pêssego, pitanga, framboesa e cajá.



Onde recebe oferendas: nas cachoeiras.



Plantas: sensitiva, espada de Iansã (borda amarela), bambu, periquitinho.



Bebida: champanha.



Elemento: fogo,



O que faz: dá coragem e impulsividade; protege contra desastres e acidentes.



Festa: 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, com quem está identificada.



Pedras: rubi, coral, granada.



Perfumes: verbena, drástico vermelho, violeta, madeira, Shoking de Skiaparelli.







CANTO



Oi, Iansã, menina dos cabelos loiros

Onde é a sua morada?

É na mina de ouro



Minha Santa Bárbara

Virgem da Coroa

Pelo amor de Deus, Santa Bárbara,

Não me deixe à toa

Minha Santa Bárbara

Virgem da Coroa

A Coroa é dela Xangô

É da pedra de ouro



Iansã tem um leque de penas

Pra abanar em dia de calor

Iansã tem um leque de penas

Pra abanar em dia de calor

Iansã mora nas pedreiras

Eu quero ver meu pai Xangô

Iansã mora nas pedreiras

Eu quero ver meu pai Xangô



Santa guerreira que ao meu lado caminha

Com sua espada de ouro e sua taça na mão

És para mim toda beleza, venero sua beleza

Guardo-a em meu coração, quando ela roda

Sua saia irradia, Deusa da Ventania

É a Rainha Trovão com meu Pai Xangô

Iansã fez a morada, ela roda ua saia

No romper da madrugada

Eparrei Ioiá

Saravá Iansã, ela é Rainha, é Orixá







Texto pesquisado e desenvolvido por


ROSANE VOLPATTO

OXUMARÉ



Oxumarê

Simbolizado pela serpente. Sua tradução, quer dizer: arco íris, bem como uma versão, essencialmente masculino, e outra, como fêmea ou macho (Besèn e Frekuén). Besèn, a parte feminina de Oxumarè, que se transforma durante seis meses do ano (também evidenciado pela sua mudança de pele). Parente de Nanã e Obaluaiye, o que mostra sua relação com a terra e seus ancestrais.


É a mobilidade e a atividade. Uma de suas obrigações, em suas múltiplas funções, é a de dirigir o movimento, é o senhor de tudo que é alongado.


O cordão umbilical, que está sob o seu controle; é o símbolo da continuidade e permanência e, algumas vezes é representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda. Sua dupla natureza de macho e fêmea, é simbolizada pelas cores vermelha e azul que cercam o arco íris, ou, verde e amarelo dependendo da região.






Também representa a riqueza, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos yorubás. Seus iniciados usam brajás , longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de uma serpente, e trazer na mão um ebiri, espécie de vassoura feita com nervura das folhas de palmeira, ou Idan duas cobras em ferro forjado.






Durante suas danças, apontam alternadamente para o céu e para a terra. Através do arco íris, se torna o elemento de ligação entre o céu e a terra, fazendo a ponte aiyé-orún, transporta mensagens e oferendas.






No Dahomé, chama-se Dan, na nação Angola, como Angoro, sua saudação é Aroboboy.




Orixá cuja função principal é a de dirigir as forças que produzem movimento, ação e transformação.


Por ser bissexual, tem uma natureza dupla; é representado na mitologia daomeana por uma cobra e o arco-íris, que significam a renovação e a substituição.


Durante seis meses é masculino, representado pelo arco-íris e tem como incumbência levar as águas da cachoeira para o reino de Oxalá no Orum (céu).


Nos outros seis meses, Oxumarê assume a forma feminina, e nessa fase, seria uma cobra que vez ou outra se transforma em uma linda deusa chamada Bessém. A dualidade de Oxumarê faz com que ele carregue todos os opostos e antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo.

Como uma cobra, morde a própria cauda formando o símbolo ocidental do Orobóros, gerando um movimento circular contínuo que representaria a rotação da Terra e próprio movimento incessante dos corpos celestes no espaço. Nas lendas, aparece sempre como filho de Nanã e Oxalá.


No Brasil, seus iniciados usam o brajá, um longo colar de búzios trabalhados de maneira a parecerem as escamas de uma serpente.


Durante sua dança, o iaô aponta os dedos para cima e para baixo, alternadamente indicando os poderes do céu e da terra. Em algumas regiões é cultuado como deus da riqueza, simbolizado por uma grande cunha entre seus apetrechos de culto.


Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento das contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares em que se manuseia dinheiro.


Oxumarê era um babalaô que atendia o rei de Ifé. Porém não era um homem de fama, não tinha riquezas nem poder. Sentia-se humilhado, como humilhado vivera seu pai, conhecido pelo nome de Senhor-do-xale-colorido. Oxumarê estava triste e foi consultar um adivinho.


Ele ensinou-lhe um ritual para tornar-se rico e poderoso. Deveria oferecer uma faca de bronze e quatro pombos, bem como oferecer búzios em boa quantidade.
Oxumarê, obediente pôs-se a fazer a oferenda mas, nessa mesma hora o rei mandou chamá-lo. Oxumarê recusou-se a atender à ordem, dizendo que iria depois de terminada a cerimônia. O rei ficou enfurecido com a ousadia e deixou de pagar uma divida a Oxumarê.


Quando Oxumarê retornou à sua casa, recebeu um chamado de Olocum rainha de um país vizinho, que necessitava de sua sabedoria para a cura de seu filho. Ifá foi consultado por Oxumarê que fez as oferendas necessárias e curou o filho de Olocum.


Em gratidão ela ofereceu-lhe riquezas, cavalos, escravos e uma lindo pano azul. Retornando à casa com um inestimável tesouro, Oxumarê foi saudar o rei, que muito se admirou ao ver a opulência do Babalaô antes tão pobre. Quis saber sobre os presente recebidos.


Oxumarê contou da cura do filho de Olocum. O rei, que tinha uma rivalidade nata com quer que fosse, não queria ficar a baixo de Olocum. Então ofereceu a Oxumarê uma roupa vermelha muito preciosa e muitos e muitos outros presentes foi assim que Oxumarê tornou-se rico e respeitado.




Oxumarê e o Arco Íris




Cintilam acima do horizonte as sete cores do espectro solar: violeta, anil, azul, verde, amarelo, alaranjado, vermelho. É o arco-íris. O mesmo arco-da-velha nosso e dos portugueses, cujo nome vem da corcova das anciãs.


O arco-da-velha muda o sexo de quem passar por baixo e devora as crianças que se aproximarem muito do lugar onde ele principia.


O arco-íris é a coroa luminosa de uma das sete Iemanjás, a mais velha de todas. Serpente multicolorida, suga a água da terra para o céu, a fim de abastecer o palácio de Xangô, seu amo. Daí a cerimônia intitulada "matança de Oxunmaré", em que as filhas-de-santo vão encher suas quartinhas na fonte mais próxima do candomblé, trazendo festivamente água para Xangô. Um rito de purificação, como o da "Água de Oxalá".


Na Bahia, perto de Pirajá, existe um local conhecido como Milagre de São Bartolomeu, aonde a gente dos candomblés vai se banhar ritualmente, cada 24 de agosto. Na queda, as águas batem e se pulverizam, o arco-íris de Oxunmaré, que se incorpora imediatamente em suas filhas, assim que elas molham o corpo nas águas lustrais. Outro ritual de purificação.


O caracter sobrenatural do arco-íris não é exclusivo dos negros africanos e dos adeptos dos candomblés baianos.


Cessado o dilúvio, Jeová anunciou a Noé que o arco-íris estabelecia a aliança divina com o homem e todas as criaturas vivas (Gen. 9:12,13). Nas ilhas do Pacífico, o arco-íris é a cinta de um deus; no Oriente Próximo, o cinturão de Alá.

Também é tido como uma ponte: ponte dos deuses nórdicos, ponte das almas dos antigos escandinavos e dos índios do Novo Mundo, ponte de São Bernardo, ponte do Espírito Santo, ponte de seda dos franceses e "ponte feita de pérolas", do poeta Schiller.


Oxunmaré é um orixá andrógino, sendo sua bissexualidade representada pelas duas cores extremas do arco-íris: violeta (interna, feminina) e vermelha (externa, masculina). Seu assentamento, fora do recinto do candomblé, é feito em dois potes: um macho, com pequenos chifres (símbolos de poder) e outro fêmea. Também pode-se fazer sua morada em certas árvores, em cujas raízes são assentados seus símbolos.


Os filhos do Oxunmaré dançam com o índice apontado alternadamente para a terra e para o céu. Usam longos colares de búzios (cawries), enfiados de forma a que pareçam escamas de serpente. Ás vezes trazem na mão o obiri, vassoura feita com nervuras de folhas de palmeira. Comumente portam a serpente de ferro forjado.
Oxumarê é o Arco-Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamado carinhosamente de “o banqueiro dos Orixás”. É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro. Oxumarê está presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.


Estória


Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento das contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.


É também o Orixá da prosperidade, da fartura, da abundância. É o Orixá que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo, invocamos Oxumarê para nos orientar.Oxumarê também é a beleza das cores. É o Arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno que vai gerar o colorido dos céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.
Oxumarê é filho de Nanã , irmão gêmeo de Ewá e tendo como irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê. Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência e capacidade.


Suas cores: verde-rajado de preto ou amarelo-rajado de preto. Carrega na cabeça um capacete ornado com palha da costa e búzios ou uma rodilha em forma de cobra, no pescoço colares de miçangas e na mão uma ferramenta em forma de serpente.


As características dos Orixás e a personalidade humana


Orixá deus das chuvas e do arco-íris. As pessoas desse Orixá geralmente são pacientes e perseverantes. Não medem sacrifícios para ajudar aos necessitados e estão sempre dispostos a lutar para conseguir seus objetivos.


Orixá andrógino, cuja função principal é a de dirigir as forças que produzem


movimento, ação e transformação. Por ser bissexual, tem uma natureza dupla;


é representado na mitologia daomeana por uma cobra e o arco-íris, que


significam a renovação e a substituição.






Durante seis meses é masculino, representado pelo arco-íris e tem como


incumbência levar as águas da cachoeira para o reino de Oxalá no Orum (céu).


Nos outros seis meses, Oxumaré assume a forma feminina, e nessa fase, seria


uma cobra que vez ou outra se transforma em uma linda deusa chamada Bessém.






A dualidade de Oxumaré faz com que ele carregue todos os opostos e antônimos


básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo.






Como uma cobra, morde a própria cauda formando o símbolo ocidental do


Orobóros, gerando um movimento circular contínuo que representaria a rotação


da Terra e próprio movimento incessante dos corpos celestes no espaço. Nas


lendas, aparece sempre como filho de Nanã e Oxalá.


ARCO-ÍRIS E SERPENTE:






"AQUELE QUE SE DESLOCA COM A CHUVA E RETÉM O FOGO NOS SEUS PUNHOS"


Orixá do movimento e da riqueza.






Oxunmaré (nagôs), Dã, Dambellah, Dambellah Aedo, Aido Awedo, Dambirá ou Cobra Sagrada (jejes), Angorô (angolas) Angoroméa (congos).

DIA


Terça-feira.




SINCRETISMO


São Bartolomeu, (festa dia: 24 de agosto).


INSÍGNIA


A serpente de ferro.


INDUMENTÁRIA


Saia armada, branca, com enfeites, uma larga faixa (ojá) de cor verde, atada nas costas. Coroa multicolorida. Pulseiras e braceletes de búzios.




CONTAS:


Amarelas e verdes; ou fio de contas multicoloridas passado em água de casca de banana-figo, usado no pescoço ou no pulso.

SACRIFÍCIOS


Patos.
COMIDAS


guguru e uma mistura, no azeite-de-dendê, de feijão, milho e camarões cozidos.




SAUDAÇÃO


AOBOBOÍ! (Edison Carneiro dá: ARROBOBÔ!); alguns dão também: ARÔ BOBOI !


CORES


Verde e amarelo, preto e amarelo, multicolor; verde-rajado de preto ou amarelo-rajado de preto. Carrega na cabeça um capacete ornado com palha da costa e búzios ou uma rodilha em forma de cobra, no pescoço colares de miçangas e na mão uma ferramenta em forma de serpente.




NATUREZA


Arco-íris, céu, Sol, Terra, chuva fina.

METAIS


Ouro, prata.


PEDRAS


Topázio, esmeralda, diamante.

PERFUMES


Ophium, Amazone, Polo e Calandre
COMO USAR


Alternados, às terças-feiras até as 18 horas.
FILHOS FAMOSOS


Bach, Van Gogh, Salomão, Cleópatra.
OFERENDA


Cobra" de batata-doce amassada e banana-figo, frita em azeite doce.




ELEMENTO


Terra.


PLANTAS


dracena (pau dágua ), batata doce, cana do brejo, parietária.


ANIMAIS


serpente.

COMIDA


batata doce, omolocum, bertalha com ovos; banana


BEBIDA
água


DOMÍNIO


fertilidade


O QUE FAZ


dá sorte, fartura e fertilidade. Protege a gravidez

QUEM É


o mensageiro dos Orixás para os mortais


CARACTERÍSTICAS


astucioso, adaptável, criativo, inquieto, mutável, tortuoso, inteligente,alegre, vingativo




QUIZÍLIA


sal, água salgada




ONDE RECEBE OFERENDAS


em poços ou fontes na mata




RISCOS DE SAÚDE


pressão baixa, vertigens, problemas de nervos. Problemas alérgicos e de pele.




PRESENTES PREDILETOS


flores multicores, velas, suas comidas e bebidas preferidas


OBSERVAÇÃO




Oxumaré costuma promover grandes reviravoltas na vida de seus filhos anualmente,muitas vezes na época de seu aniversário.Tanto pode ocorrer um problema de saúde como uma mudança de emprego, de casa, o afastamento de velhos amigos e chegada de novos etc.




OXUMARÉ


por Umbanda Esotérica:


(Data festiva : 08 de dezembro)


Comemora-se em 8 de dezembro pela grande afinidade com Mãe Oxum, existindo até um mito de ser o seu desdobramento. Mas é um orixá masculino representado pelo Arco-íris.


É o "santo" do sábado, do latão, do berilo e da tangerina. Mora nas cachoeiras e nas águas correntes, principalmente após aschuvas. Usa as cores do arco-íris. Não existem filhos desse orixá e não tem sincretismo.


Oxumaré


por PORTAL GURUWEB:
Filho de Oxalá e Nanã, ele é o arco-íris que liga o céu e a terra, a


serpente que fecunda o solo e gera riquezas. Feminino e masculino ao mesmo tempo, simboliza a interação das energias. Além disso, é senhor da dualidade, do movimento, do girar incessante da vida, da perpétua renovação.


Em forma de serpente, Oxumaré morde a própria cauda e assume uma forma circular que lhe permite manter em equilíbrio os corpos celestes. No sincretismo religioso, está associado a São Bartolomeu